terça-feira, 21 de julho de 2009

Grande homem... autor de profundas e inesquecíveis críticas literárias:
"Gostava muito do Esteves Cardoso, era um gajo giro. Agora está a fazer o quê? Engordou muito, não foi?".
Autor também de sábias lições económicas, as suas palavras são ainda hoje e para sempre serão relembradas entre os grandes governantes a braços com o verdadeiro monstro que é a crise. Ouçamos:
"Repare nas minhas calças: sou o gajo das calças curtas. Porquê? Porque não mando fazer um fato desde 1957 ou 1958! E por acaso tinha um bom alfaiate, mas o último fato não paguei e nunca mais lá fui... "O gajo anda de calças assim para provocar, para se mostrar original.". Não é! Eu vejo aí é calças a três e quatro contos, e eu ia dar três contos por um par de calças? Jamais de ma vie, porra!."
Profundo amante, será sempre relembrado no coração e alma das mulheres que com ele partilharam a vida:
"Estupro é: um gajo dava uma foda e apanhava com um processo. Depois tive outro por rapto e estupro, esse era pior. Por causa dele apanhei alguns meses. Foi com a mãe do Paulo. Um tipo, depois de preso, podia negar: "Não, não fui eu, foi engano. Não era para lhe ir à cona, era só para mexer no umbigo..." Mas eu disse logo: "Fui eu!".
O único até hoje capaz da melhor tradução portuguesa do Dicionário Filosófico de Voltaire:
"Estava então a escrever como negro e a traduzir o Dicionário Filosófico (de Voltaire) para a Presença, mas quem assinava a tradução era o Bruno da Ponte. Eu tinha de o fazer porque era a única fonte de dinheiro, e numa parte ele refere-se a um daqueles malucos profetas da Bíblia que faziam uma espécie de pão com excremento de vaca. Eu estava chateado e o que é que fiz? Escrevi: "Nota do tradutor: é o que chamariamos hoje deliciosas sandes de merda."(risos) Esqueci-me, e aquilo lá saiu em nota do tradutor, que era o Bruno da Ponte. Ele ficou um bocado magoado."

Por o considerar no meu top 3 dos grandes escritores portugueses, porque me apaixonei perdida e irremediavelmente pela inigualável e inabalável personalidade que nunca conheci em homem algum, perpetuo neste modesto espaço da www a mensagem que, Luiz Pacheco, ele mesmo, proclamou para todas as gerações vindouras:
"Puta que os pariu!"

1 comentário: